Monday, February 27, 2012

Europa 2011

Em tempo, queria registrar aqui o que descobri, senti e experienciei na minha primeira viagem pra Europa, de 13 de Junho a 9 de Agosto.
Quando contei sobre Amsterdam num post anterior, minha primeira parada da minha viagem comigo mesma, não contei do quão bom foi de verdade. Esse sentimento único de conexão comigo mesma que faz todo o resto simplesmente ir pro lugar sem resistência. A conexão que temos com o nosso eu é a coisa mais verdadeira que podemos atingir nessa vida, e felizes são aqueles que conseguem. 
Cheguei em Amsterdam muito bem recebida por uma amiga. Aliás, toda a minha viagem foi coberta de momentos incríveis com pessoas maravilhosas que aparecem na minha vida. Mas foi no meu primeiro momento sozinha, à meia noite de uma noite com uma chuvinha bem fina e gostosa, que senti eu meu eu gritando de felicidade. Cogitei ir dormir depois de 23 horas viajando, mas mudei de ideia loguinho. Sai à noite a caminhar pelas ruas, que sensação libertadora, o novo comigo parte dele, uma mistura perfeitamente harmonica. Abri os braços em cima da primeira ponte no primeiro canal que me deparei. A cidade inteira tem pontes e canais em circulo, é lindo. Lindo lindo lindo. Junto com os braços abri meu sorriso aos pingos leves da chuva, que se misturaram com algumas lágrimas de alegria, de libertação, de realização. Que sensação maravilhosa. 

Em Amsterdam
Bicicleta alugada, visita ao Vondelpark, milhares de museus pra quem gosta (prefiro a rua e as flores, pessoalmente), comer stroopwafel na feirinha Albert Cuypmarkt (que tem muitas coisas legais de baratas, de fruta a malas) e caminhada pelas ruas de dia e à noite. Natureza, coisas gostosas, mil bares, milhares de turistas, e também ouvi dizer que a batata frita deles é uma coisa de louco. Essa eu não provei mas ainda vou.

Canais
Vondelpark



A minha viagem se resumiu a isso, colher frutos bons que planto diariamente, e plantar muitos novos. Amsterdam acabou sendo um dos meus lugares favoritos por essa magia de ser o primeiro e por ser uma cidade tão linda. Ruazinhas, canais, bicicletas e parques lindos com flores e muitas crianças, pessoas sorridentes e carros bem pequenos, como em todo o resto da Europa.

Em Ibiza/Formentera
Meus segundos lugares favoritos (já explico) foram Formentera e Ibiza. Ibiza é incrível, muita praia linda, gente do mundo todo, festa e musica boa. Formentera é uma outra dimensão no universo. Um dos lugares mais bonitos que eu já pisei. É uma ilha bem pequena do ladinho da ilha de Ibiza, por isso dois em um. Pra Formentera geralmente se vai pra passar o dia, ou pra um retiro mais longo mas ouvi dizer que as pousadas são bem seletivas quanto à quem se hospeda nelas. Nesse lugar eu cheguei num clima do filme A Praia. Olhar aquela água tão linda, areia tão branquinha, poucas alterações do homem comparado à outros lugares. Formentera é um lugar mágico pra mim, nem todos os turistas chegam até lá, mais reservado, mais natural. Acho Formentera um lugar ótimo pra uma lua de mel. Um barco quem sabe, praias calmas e mergulhos num mar verde/azul transparente. A liberdade que eu senti alugando uma motinho e brincando de Diários de Motocicleta pela ilha foi fantástica. Abanando as tranças, indo pra onde eu bem entendia, os eventuais insetos que me atingiram na cara enquanto pilotava a moto, a chegada em cada prainha nova paradisíaca, tudo tudo. Impossivel não voltar num lugar assim. 

Pegar o onibus e visitar o máximo de prainhas possiveis, ver o por do sol no Cafe del Mar em San Antonio, ir na Space e na Amnesia, e mais outros tantos bares menores com musica o dia inteiro, comer sanduíches de baguete (não sei o que acontece mas eles fazem uns maravilhosos), comer no restaurante italiano Marco em Figueretas, visitar Formentera, alugar motinho, passear e curtir o máximo de praias que der, comer frutos do mar em geral. Ah... E muito protetor solar.

Por do sol do Café del Mar


Formentera


Pra seguir na linha de manter um semi diário de viagem, outros lugares, coisas que eu fiz e sentimentos que eu tive:

Em Barcelona
Ver todas as obras arquitetônicas de Gaudi (é muito incrível prestar atenção no uso da luz natural nessas construções, beeem bacana), passear de moto pela cidade (tenho muita sorte de ter amigas queridíssimas morando lá que cuidaram muito bem de mim e me mostraram vários lugares), frutas frescas nas fruteiras, sair a caminhar e observar as partes diferentes da cidade, visitar a catedral e dar a sorte de ver todo mundo reunido dançando a dança catalã ao som de uma banda na frente da catedral deles. Pra essa dança eu vou fazer uma pausa. Que coisa mais linda e forte que acontece ali, eles dançam em círculo de mãos dadas, vestindo geralmente os mesmos tipos de sapatos (um tipo de alpargata que amarra até o tornozelo) e fazendo exatamente os mesmos passinhos da dança catalã. Quando eu cheguei perto pra ver me senti em um outro mundo. A energia que vinha de toda essa gente dançando juntas e celebrando a cultura deles foi uma coisa que me tocou profundamente por algum motivo. Fiquei com vontade de chorar. É, chorei bem pouquinho. Seguindo, comer paella na praia de Barceloneta, comer peixe num restaurante chamado Paradeta (dá pra escolher os peixes fresquinhos, o estilo como vai ser feito - gratinado, frito, marinado, etc - e pra completar uma garrafa de vinho, tudo por um preço bastante razoável), paninis e baguetes são sempre bem vindos aqui também, e o povo é bastante amigável quando se fala ou se tenta falar espanhol. Ah, quase esqueci. Na Espanha tem uma sopa de tomate fria que se toma antes do prato principal chamada Gazpacho - bastante deliciosa.

Dança Catalã

Gaudi


Em Paris
Dominar o uso dos trens e explorar toda a cidade sem a chance de se perder. Se tu tem um mapa e uns tickets de trem, não tem como não ser feliz explorando a cidade. Todas as linhas são conectadas de algum lado e uma vez que se está dentro do trem, dá pra pular de um pro outro sem custo antes de sair pra rua no destino desejado, transporte público super eficiente. Nas estações e corredores entre trens tem bancas de frutas, musicos e figuras de filme. Visitar os classicos Louvre, Sacre Coeur (sempre erro esse nome, a pronuncia então é uma das coisas que acho que nunca vou conseguir dizer na vida), crepes, creme brûlée, nutela em tudo, ter amigos que falam francês pra ajudar. Como é uma cidade com muito turista, muitos deles falam inglês, mas depois de todo o medo que me foi botado que francês torcia o nariz pra turista, fiquei meio escaldada. Não passei trabalho mas fiquei contente de estar com amigos quase o tempo todo e não ter que me virar nos 30 em francês porque os meus dotes com a língua por enquanto são inexistentes. Comer croque monsseur, visitar a Plaje, imitação de praia recentemente construida na beira do rio Sena, se possível com uma garrafa de vinho, queijo e baguete, a serem degustados enquanto se admira a grandiosidade das construções ao redor com a torre Eiffel ao fundo. Não posso deixar de falar agora do meu lado negativo de Paris... Fiquei impressionada no cheiro de urina em geral por tudo. Não sei o que acontece mas parece que tem xixi por varios cantos da cidade. É meio impossível andar no metro (pelo menos no verão quando eu fui) e não sentir o cheiro. 

Rio Sena

Louvre


Para um próximo post: Londres, Varsóvia, Costa Brava, Dusseldorf e mais.

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