Wednesday, August 12, 2009

Tempo e experiencia - em construção sempre.

Tempo é uma coisa q eu não tenho tido ultimamente. Mas tudo tem acontecido de um jeito tão legal, que decidi, do auge das minhas mais de 4 noites mal dormidas com acordadas cedo no dia seguinte, vir aqui registrar.
Desde que as aulas terminaram eu comecei a trabalhar mais. Bem mais, por sinal. Consegui finalmente deixar de ser uma mera transeunte andarilha e ter denovo um veiculo automotor. Feels good. Mas não vou mentir... O onibus, sim, ajuda a notar mais os arredores, até porque é mais seguro se olhar para os lados quando não tem que controlar o volante. Mas dai vem crianças chorando, orientais conversando sem parar algo que tu não entende, pessoas berrando no telefone... Como li o outro dia, "se eu quisesse te ouvir no telefone, pedia teu numero!" Acho que as pessoas poderiam ser menos fechadas em seus mundos egoístas.

A convivência com pessoas.
Ah isso é algo que ensina muito. O convívio com as pessoas que por sua propria natureza têm educação, ponto de vista e atitudes diferentes é uma dadiva que recebemos a cada dia, a todo momento. Ja faz tempo que penso sobre julgamentos e preconceitos que as pessoas têm. Tenho pavor de gente que julga, que se acha o maximo e menospreza o que não conhece. Fico aqui pensando num exemplo pra dar, como sempre eu faço com metáforas e tal, mas essa ta dificil. Porque não é uma coisa nem outra, é um habito diário esse de julgar ou não julgar por não se saber o suficiente para tal. Deixa ver... Eu pensava que toda americana fosse meio promiscua dançando de um jeito mais "oferecido" do que a brasileira (salvo o baile funk e a mulher melancia). Falo de uma classe que nem a minha, de estudantes. Pensei tanto no porque que os adolescentes e jovens adultos se desenvolvem assim. Isso fez eu observar mais a cultura aqui. Aqui não se mora com os pais até casar ou até achar um emprego que pague o aluguel. Aqui se termina o colégio e adeus tia chica. Os pais esperam que os filhos saem de casa, pagam por isso, e exportam as criaturas numa época dura, onde se começa a criar responsabilidades e juizo. Nesse momento as crias são largadas em antros de outras crias possivelmente tão avoadas quanto, e sem supervisão nem autoridade. Eles se relacionam com os mais velhos, que fazem festas, compram bebidas, e estão na mesma fase de libertação. Taí. Acho que nessas condições, sem nenhuma referencia nem disciplina, eu também seria um pouco (mais) louca. Eu sempre tinha que voltar pra casa e dormir no quarto do lado da minha mãe. Aprontava das minhas, mas nada de tocar fogo num sofa largado na calçada, nem de beber todos os dias e não lembrar de nada depois dos primeiros goles de bebida todas as noites. Mas já por outro lado, pensa nos profissionais que dão certo! Eles passaram por tudo isso, se formaram, com notas boas, conseguiram um bom emprego e venceram, por eles mesmos, sem supervisão de ninguém. Algumas pessoas aprendem melhor sendo guiadas e disciplinadas, outras aprendem melhor experimentando. Que bom se todos tivessem a capacidade de aprender com erros e fazer melhores escolhas. Mas isso é o que diferencia o caráter das pessoas. Pode fazer o que quiser na hora do lazer. Desde que a responsabilidade continue permitindo o funcionamento da vida da gente. Trabalho pra pagar as contas, estudo pra melhorar no trabalho, pra ser mais reconhecido, pra fazer mais dinheiro e arrumar mais contas e mais altas. :)
Tenho muita certeza disso, por isso tenho boa segurança com o que eu faço. Sei que eu não to no padrão da galera da minha idade, que a minha mãe até algum tempo atrás me dizia "aii quase todo o pessoal da tua turma ja ta quase se formando... E tu ainda tá assim sem tomar um rumo." Te amo mama, e sei que isso foi preocupação comigo e o meu bem estar, mas aos poucos deu pra ver que eu fui me conhecendo melhor, e que o meu tempo pra fazer as coisas era um pouco diferente. Hoje tô aqui, acordada as 4 da manhã enquanto a minha mama dorme no quarto ao lado, mas dessa vez ela ta aqui comigo, me visitando pela segunda vez em 4 anos. Mas hoje tô acordada porque fiquei trabalhando no computador. Ta uma delicia mostrar a minha vida pra minha mama agora depois de tanto tempo que só eu ia visitar o Brasil. Ela fica orgulhosa, o que me deixa ainda mais feliz, completando a felicidade de saber que eu to aqui batalhando e fazendo o que eu quero e o que vai me tornar um ser humano maior e mais completo. Cada um é de um jeito. Eu demorei pra descobrir o meu. Que bom que a hora chegou. E digo mais. Tá só começando. Benvindos.