Wednesday, March 31, 2010

Mais cachorros e bebês

Hoje me peguei pensando... O mundo seria melhor se as pessoas tivessem mais cachorros e bebês. Não pela presença deles propriamente dita, mas pelo estado emocional que eles provocam.

Pode notar, pessoas que caminham na rua com cachorros e bebês, em geral, são mais abertas, mais acolhedoras a sorrisos e olhares. São mais amigáveis.
É aquele momento em que a inocência dessas criaturas contagiam. Os dois dividem um estado de pureza igual. Bebês não sentem inveja, nem julgam os outros, cachorros também não.
O mundo tá muito cheio de gente defensiva, individualista e mesquinha. Tenho verdadeira apreciação por pessoas que vivem e são esse estado de consciência mais puro e aberto não somente quando estão acompanhadas destas duas maravilhosas criaturas.
O individualismo da humanidade atrasa, mesmo parecendo uma virtude. Empresas que fazem o que for pra suceder no mercado, gente que mente e pisa nos outros pra alcançar posições mais altas. Pra quê?
Não falo aqui de comunismo, falo só de consideração mesmo. Se a ganância não tivesse dominado o pensamento do homem desde o começo dos tempos haveria menos guerra e mais crescimento intelectual e espiritual. Em troca o homem desenvolveu tecnicas novas de proteção e ataque. Armas e pólvora, territorialismo e dominância em demasia. E é aí que o homem se diferencia do animal irracional. Leões são territorialistas sim. Matam. Mas o fazem até terem o suficiente, e páram.
O homem nunca tem o suficiente. NUNCA. Sempre tem a necessidade de ser mais, de ter mais, de tudo mais. Mesmo que não precise. O carro melhor que o do vizinho. A maior televisão, o cargo mais alto só pra usufruir dos benefícios e mostrar pros outros, que vão querer mais, invejar mais, e fazer o que estiver ao alcance da sua moral e valores pra conseguí-lo. Nesse momento entra a minha vontade que todos fossemos mais puros. A filosofia oriental prega isso. Fazer por um mundo melhor, colaborar com o mundo. O crescimento e os frutos disso são colhidos com muito mais plenitude, e acompanhados de felicidade e realização. Aprendi numa aula de história que a princípio os chineses, antes mesmo dos exploradores que vieram pra America 70 mil anos atrás, já conheciam o nosso continente. Conheceram por meio de uma expedição com objetivos científicos, pra conhecer seus arredores, sem tentar dominar ou se aproveitar de recursos. Isso aconteceu lá por volta de 1400 e só não temos dados disso pois o regime chinês mudou e deu fim nos registros e no navio. Mais tarde, enquanto a America e a Europa produziam como loucas, importações e exportações, o envolvimendo da China era mais cauteloso. Eles produziam suas coisas, exportavam, mas compravam só o necessário: quase nada dos europeus e suas colônias. Mais um ponto pra eles. Os europeus tanto se irritaram com a falta de exportação pra China comparada com a quantidade de coisa que eles importavam que acabaram fazendo guerra. Foram lá com suas armas e espírito competitivo destrutivo e fizeram uma bagunça que perdurou até o século passado quando alguns territórios foram finalmente devolvidos aos asiáticos. Pra quê?
Eu acredito em subsistência. Bebês choram quando têm fome e ficam contentes quando satisfeitos. Animais caçam e marcam território até terem o suficiente pras suas necessidades e páram. Qual seria o sentido dum Leão latifundiário!? Eles deixam isso pros humanos, pra mim menos inteligentes nesse aspecto.
Com menos guerra teríamos mais tempo pro desenvolvimento mental, troca de conhecimento e respeito entre nações, que coexistiriam pacificamente.
Talvez esse dia chegue. Depois de bastante destrução, guerra, mortes, e desastres naturais e induzidos. Seria bom pra adaptação homem ao mundo, já que o pensamento hoje é o contrário.

Eu valorizo a pureza e a inocência de cachorros e bebês. Desenvolvamos consciência e consequência pra escolher, coexistir ou viver em egoísmo e ganância. Paremos agora de analizar o mundo como um todo, apontar dedos e botar defeitos, e olhemos mais pra dentro.
Tempo.
Escolha.
Cachorros.
Bebês.