Monday, November 29, 2010

Tuesday, November 16, 2010

Nos guardados

Nos guardados de emails achei esse texto. Bem bonito. Bem simples. E bom, sobre a minha terra.

Pois é. 
 
O Brasil tem milhões de brasileiros que 
gastam sua energia distribuindo 
ressentimentos passivos. 
 
Olham o escândalo na televisão e 
exclamam 'que horror'. 
 
Sabem do roubo do político 
e falam 'que vergonha'. 
 
Vêem a fila de aposentados 
ao sol e comentam 'que absurdo'. 
 
Assistem a uma quase pornografia 
no programa dominical de televisão 
e dizem 'que baixaria'. 
 
Assustam-se com os ataques dos criminosos e choram 'que medo'. E pronto! 
Pois acho que precisamos de uma transição 'neste país'.
Do ressentimento passivo à participação ativa'. 
 
Pois recentemente estive em Porto Alegre, 
onde pude apreciar atitudes com as quais 
não estou acostumado, paulista/paulistano que sou. 
 
Um regionalismo que simplesmente não 
existe na São Paulo que, sendo de 
todos, não é de ninguém. No Rio Grande do Sul, 
palestrando num evento do Sindirádio, uma surpresa. 
 
Abriram com o Hino Nacional. 
 
Todos em pé, cantando. 
 
Em seguida, o apresentador 
anunciou o Hino do Estado do Rio Grande do Sul. 
 
Fiquei curioso. Como seria o hino? 
 
Começa a tocar e, para minha surpresa, 
todo mundo cantando a letra! 
 
'Como a aurora precursora / 
do farol da divindade, / 
foi o vinte de setembro / 
o precursor da liberdade '

Em seguida um casal, sentado do meu lado, 
prepara um chimarrão. 
 
Com garrafa de água quente e tudo. 
 
E oferece aos que estão em volta. 
 
Durante o evento, a cuia passa de 
mão em mão, até para mim eles oferecem. 
 
E eu fico pasmo. Todos colocando a boca 
na bomba, mesmo pessoas que não se 
conhecem. Aquilo cria um espírito de 
comunidade ao qual eu, paulista, 
não estou acostumado. 
 
Desde que saí de Bauru, 
nos anos setenta, não sei mais o que é 'comunidade'. 
 
Fiquei imaginando quem é que sabe cantar 
o hino de São Paulo. 
 
Aliás, você sabia que 
São Paulo tem hino? Pois é... 
 
Foi então que me deu um estalo. 
 
Sabe como é que os 'ressentimentos passivos' 
se transformarão em participação ativa? 
 
De onde virá o grito de 'basta' contra 
os escândalos, a corrupção e o deboche 
que tomaram conta do Brasil? 
 
De São Paulo é que não será. 
 
Esse grito exige consciência coletiva, 
algo que há muito não existe em São Paulo. 
 
Os paulistas perderam a capacidade 
de mobilização. Não têm mais interesse 
por sair às ruas contra a corrupção. 
 
São Paulo é um grande campo de refugiados, 
sem personalidade, sem cultura própria, sem 'liga'. 
 
Cada um por si e o todo que se dane. 
 
E isso é até compreensível numa 
cidade com 12 milhões de habitantes. 
 
Penso que o grito - se vier - só poderá 
partir das comunidades que ainda têm 
essa 'liga'. A mesma que eu vi em Porto Alegre. 
 
Algo me diz que mais uma vez os gaúchos 
é que levantarão a bandeira. Que buscarão 
em suas raízes a indignação que não se 
encontra mais em São Paulo. 
 
Que venham, pois. Com orgulho 
me juntarei a eles.
 
De minha parte, eu 
acrescentaria, ainda: 
 
'...Sirvam nossas façanhas, de modelo a toda terra...'
 
 
 
Arnaldo Jabor

Saturday, November 6, 2010

Reapaixonada por Djavan.


Originalmente, esse é um email que eu tava escrevendo pra mandar pras minhas amigas, mas decidi contar pra mais gente. Então aqui está.

Guriasss! Queria contar a experiencia linda que eu tive ontem! Fui no show do Djavan aqui em LA! Foi a coisa mais linda! A gente foi de parceria com o show porque fizemos o Made In Brazil lounge after party do show, ou seja, depois do show tinha um lounge com musica comandado por nós no andar de cima do teatro principal. Uma belezura!
Prosseguindo...
Como eu fiquei responsável por vender as pulseiras vip pro after party, eu tava numa mesa meio pro lado do auditório, de onde dava pra ver muito bem o palco. Entrei no teatro antes de todo mundo e pra minha surpresa quando eu entro... O DJAVAN TA PASSANDO SOM. Me tomei de uma emoção incrível, meu olho encheu de agua.. Gurias.. Foi muito foda. Queria tanto voces lá... Ele terminou de passar o som, saiu, ai entrou o publico. O show aconteceu e foi lindo. Foi lindo, lindo! Esse tour foi só de musicas antigas, toodas conhecidas com pequenas inserções de Frank Sinatra e Vinicius de Morais dentre elas.
A primeira e unica vez que eu vi ele foi naquele show do dia dos namorados em 2002 ou 3 ali naquele teatro da redenção (que não me vem o nome agora), beeem de longe. Ontem eu vi ele de bem pertinho, e ele é a coisa mais simpática e querida no palco, se dançandinho e sorrindo com covinhas enormes nas bochechas!
O show foi lindo, foi uma delicia ouvir ele, ouvir as musicas que ouvi com a minha mãe, e com voces, por muitos anos. Ele encerrou o show desejando sorte pra todos os Brasileiros que tavam ali, "nessa cidade maravilhosa", se referindo a LA. Foi lindo. Foi sincero.
No final do show veio um funcionario do teatro dizer que eu podia ir curtir o show ali da frente que ele cuidava do meu posto. Me fui e cheguei a uns 4 metros dele no meio da galera. Aí eu chorei. Aí eu consegui ver aquele sorriso, aquela energia linda que ele tem. E não pára por ai...
Acabou o show e eu tava decidida que não ia dar pra ir ver o Djavan no backstage. Não porque eu não podia, vocês sabem que isso não nunca foi barreira pra mim. Mas porque eu não teria condições de chegar perto dele e não desatar a chorar igual uma criança depois de cair e machucar o joelho. Fiquei lá então vendendo as ultimas pulseiras pra nossa festa do andar de cima, falando pra mim mesma "tá.. foi melhor assim, não vou fazer um papelão na frente do coitado do artista."
Aos 44 do segundo tempo quando a gente tava recolhendo as coisas da mesa. Fiquei sabendo que o Djavan ainda estava ali, e que a gente podia ir falar com ele. Meu coração disparou e fiquei feliz que ainda tinha chance de ver ele. "De verdade (sorrisão)??" Sim. Então fomos. Agora eu tava uma criança no parque, feliz e sem cair. Foi muita emoção... Pensei "bah.. ele já deve ter apertado a mão e falado com muita gente por todo esse tempo, coitado, ja deve estar de saco cheio". Mas não. Ele foi a mesma simpatia, o mesmo brilho, o mesmo sorriso e as mesmas covinhas alí falando com a gente, perguntando de onde a gente era, a quanto tempo a gente tava aqui, nos desejando sorte e mostrando admiração por morarmos aqui em LA. Ele disse que talvez vá a Porto Alegre em dezembro, portanto, fiquem ligados!! Ele falou em dar uma parada de fazer tour porque ele tava meio cansado de tocar as mesmas musicas, que estava louco pra compor e gravar coisas novas. Sempre com aquela cara querida e sorriso aberto, dizendo que quando fosse pra nossa cidade, que era pra gente convidar ele pra comer a comida da nossa mãe na nossa casa! E foi super sincero: "não sei se eu vou conseguir, mas seria bem legal". Foi lindo! Não chorei!! Tiramos foto e saí de lá feliz. Agora mais feliz que qualquer criança por aí. Então tomamos o nosso rumo pra outra festa.
Até agora to boba, feliz, nas nuvens. E vou ficar por muito tempo. Nunca vou esquecer esse dia. Pra sempre. Queria muito todo mundo que sabe o quanto isso foi importante lá comigo, vocês. Falando no telefone com a mãe na ida pro show eu fui muito bem recomendada: "filha, fala pra ele que a tua mãe, em Porto Alegre, ama muito ele de paixão." e "aaaiii pega um autógrafo pra mim Niiine." Pois bem. O autógrafo dela tá na mão, dedicado à TIA MARINA!

E aproveitando que to postando essa mensagem aqui, queria agradecer a minha amiga e irmã Renata, por tudo o que passamos juntas e por permitir que tanta tanta coisa musical irada aconteça na minha vida. A musica é mágica. São poderes que eu nem vou começar a enumerar aqui. A Re me deixa mais perto da musica, e eu amo isso. Amo a minha irmã por isso e por mais tantas outras coisas.. Brigada amiga.

Nas fotos, nós conversando com ele. E a pose final.
(EEEEEEEEEEEEEE!!!!!!!!!!)






E a simpatia master no palco:


Friday, November 5, 2010


Achei bem bonito isso. Não é o óbvio pra todo mundo.
(Escolha um trabalho que você ame. Você nunca terá que trabalhar por um só dia na sua vida.)

É um projeto sobre as pessoas que influenciam uma nação e como elas pensam. Pena que é tudo em inglês. Mas aqui está o video deles: