Tuesday, November 10, 2009

Considere

Oi, Tudo bem? Eu to legal até. Função normal de correrias e muito estudo. Muita pedra e numeros.

Queria registrar o meu descontentamento com a falta de consideração e apreciação das pessoas. Ta, o mundo não vai parar de girar, eu sei. Mas tem gente que é tão preocupada com o próprio umbigo que vive numa co-realidade fabricada pela propria imaginação uma vida inteira. Não falo de cidadãos modelos, criaturas perfeitas, mas falo de gente que é mal educada e não considera o bom funcionamento da sociedade, onde querendo ou não, todos nós vivemos. Hoje na aula de comunicação o professor falou que o Obama vai mandar mais tropas pro Afeganistão, quando o plano inicial era remover eles de lá. O que chocava mais pra ele, além do fato de achar que é um erro do presidente fazer isso, era o quanto ninguém está se importando muito com isso. Antigamente era diferente, eu concordo com ele. Durante a guerra do Vietnam, diz ele, os soldados eram selecionados por loteria (ele ja tinha todo tramado um plano de mudar pro Canadá caso fosse escolhido), notícias sobre a guerra estavam por toda parte. Inumeros soldads mortos e imagens do massacre chocavam as pessoas. Hoje em dia, nem tanto.

Informação chega até a gente em tonéis. O que queremos e não queremos saber, muita propaganda, muito papel, promoção, muita internet, spam, fofoca. Nós, cidadãos, não demandamos tanta informação, mas as recebemos. Elas causam interesses por coisas novas, arrqncam algumas risadas, nos fazem lembrar de amigos, mas o resto todo é lixo. Não lixo menosprezando suas fontes, lixo por elas serem tantas e de certa forma irrelevantes. Elas irritam. Aqui nos Estados Unidos tudo acontece meio acelerado. E em grandes quantidades. iPhone, metade da população, eu acho, tem um. Internet substitui a tv pra muitas pessas. Sou uma delas. Tv a cabo não ta valendo pra mim agora, e tv local é menos local, e em sua maioria, como muitas outras, é mantida por anunciadores também, que comem a programação de um jeito que eu acho meio torturante de assistir.

Como tudo isso molda eu e você, cidadãos, vamos ficando menos envolvidos com a nossa sociedade. Acredito que isso aqui na porção norte do continente é maior, mas acontece em todo lugar. O costume de receber informação irrelevante, de conviver com diferenças sociais e culturais, faz com que nos isolemos mais, o que me traz ao começo desse texto: pesssoas vão ao extremo de excluir o fato que vivem em sociedade.

A tendência de reservamento do indivíduo do mundo de hoje é compreensivel, e natural, mas os decendentes da geração MTV e iPhone talvez deixem a desejar mais e mais no aspecto humanitário da sociedade. Aliás sociedade é um conceito que é cada vez mais abstrato e subjetivo, sem forma. Talvez até a proxima grande revolução na humanidade. A crise econômica ta aí, o Obama ta alimentando a guerra...
O fator humano, que move isso tudo, está desequilibrado. Meio triste ser realista.

Preservem o bem, seja qual for a sua forma.

Sunday, October 18, 2009

Sabe aquele aperto?

Aquele aperto que move a gente
Aquele aperto que faz valorizar mais a ausência dele
Aquele nervoso que gera produção
Aquela angústia que precede aquela paz
Pra daí o ciclo recomeçar
E se filtrar a cada vez
E aquela paz
Florescer

Wednesday, October 14, 2009

Aguaceira

Bate água em LA, coisa que acontece uns 30 dias por ano só, eu acho. To num clima meio devagar. A chuva diminui os ânimos de quem tem muita coisa pra fazer pela rua, isso é certo, mas a demanda das aulas agrava muito mais. Saí da aula de pedras meio cabisbaixa, com frio, sono, fome, as 10 da noite. Me deu uma vontade de uma sopinha. Minha mãe sempre fez sopas maravilhosas, eu, preguiçosa que sou, só senti saudade da sopa dela e me fui ao super procurar uma pronta pra mim. Infelizmente as minhas alergias não são poucas e esse país dá sustância à comida com soja. Tem soja em tudo! De pão a sorvete, e óbvio que sopas não ficariam de fora. Tirando claro os carotenóides e as folhas verdes, que são igualmente mal recebidos pelo meu organismo.
Acabou que voltei pra casa meio frustrada mas acabei fazendo eu mesma uma sopinha maravilhosa. Nem perto das da minha tia Marina, mas boa. Matou a vontade.
Como a boa e velha estaística de um estudo em um livro de marketing que uma vez eu li comprova: quando vamos as compras no super mercado, 75% do que levamos ao caixa não tiveram a sua compra planejada de antemão. E claro, não esquecendo que ir ao super com fome não é muito eficiente já que a fisiologia do momento afeta o processo de decisão do consimidor. Eu tava doida de sede e agora que sento aqui depois da minha sopinha com algumas coisas do super ainda sem guardar me dou conta que comprei um engradado de 12 garrafas de um chazinho que se toma por agua aqui, mais 2 caixas de sucos de frutas... E um cacho de uvas... Bem espertinha.
Ao menos agora tem 'bóia quieta', como diz a minha mama, por um tempo.
Moral da história: Quem com ferro fere, o espeto é de pau.
Na foto, a própria.

Monday, October 12, 2009

Mais ou menos assim

Tem bastante coisa mudando na minha cabeça... Assunto comum esse por aqui, não? Pois é. Eu nunca duvidei que melhor que alcançar algo que se quer muito é a jornada que nos leva até lá. Sempre que aprendemos mais, maior a chance de fazer o que é mais certo, o que vai dar os melhores resultados. To aprendendo muita coisa com as aulas que estou fazendo esse semestre. Tá bem puxado, não vou mentir. São elas Comunicação Interpessoal, Estatística, Economia (macro), e Geologia. Sabe que eu gosto de todas? Aprendo muito com elas. Comunicação Interpessoal é irado. Meu professor é um biquira do Hawaii. Muito calmo, fala pausada e assuntos interessantíssimos sobre a comunicação entre os seres humanos, verbal e não, de mesmas ou diferentes culturas. Sempre fui uma faminta observadora do comportamento das pessoas, do porque que umas agem diferente de outras, da subjetividade do certo e do errado, bla bla... Essa é a aula que me ensina mais sobre o que eu tenho interesse.
Vamos então ao outro extremo: estatistíca e geologia. A aula de estatística é uma loucura. A professora fala o mais rápido que ela consegue, diz ela, e gostaria que conseguisse ir mais, e a matéria é densa e difícil, ao menos pra mim. Isso me ensina que não importa o quanto eu sempre tive um pouco de resistência (na realidade, AVERSÃO) às exatas, eu preciso muito engolir isso a seco por que o meu futuro de forma ou outra depende também disso. Já a geologia, tá perto de ser a que eu mais vou levar comigo no futuro. Não pelo fato que tem absurdamente e ridiculamente muita coisa pra aprender (farei aqui um subparágrafo, só por diversão):
Diferentes processos de formação das pedras, diferentes composições de minerais e afins, diferentes tamanhos em que as particulas dos diferentes compositores das pedras se encontram - indicativo do local de formação dessa pedra, bem como o processo. Tem a parte de fosseis, cuja presença ou ausencia, junto com os tamanhos das particuas/fragmentos caracteriza as aproximadamente 20 subcategorias de classificação desses maravilhosos aglomerados de minerais que, pasmem, são a unica fonte de dados pelos quais estudamos a vida e o processo de formação e, por que não, mutação do nosso querido planeta. Claro isso tudo relacionado à cronologia geológica da Terra e seus períodos - Paleozóico, Jurassico, Cambriano e todos os outros dos quais temos dados em pedras que datam de mais de 4 bilhões de anos atrás. Com o surgimento dos primeiros organismos, das primeiras e primitivas celulas, as portas da diversidade se abriram, originando os reinos animais, bactérias, fungos, anelídeos, répteis, nós mesmos... E existe uma minuciosa classificação para cada espécie, de cada familia, de cada segmento de cada um desses reinos, que dá um nome composto de uns 6 sobrenomes pra cada bicho que no final a gente chama simplesmente de gato, ou caramujo, por exemplo. Ah... O processo de fossilização também acontece de uns 8 jeitos diferentes dependendo da presença ou da ausencia de oxigênio, entre outros determinantes que não me anima mencionar por que 1) eu não lembro, 2) enchi o saco desse subparágrafo, que, lembrando, fala um pouco do que caiu somente na primeira prova. Ao texto...
A aula de geologia é muio boa pra mim, não pelo meu interesse e admiração por PEDRAS, mas em como eu to tendo que estudar que nem uma desgraçada pra saber tudo isso na hora da prova. Se você é meu assíduo leitor, lembra de como penei no semestre passado por que não administrei bem o meu tempo de estudo e performei o bom e velho 'deixar pra ultima hora' com destreza, muita cafeína e muito pouco sono, na semana em que praticamente morei na biblioteca. Pelo menos achei um lugar que comportasse os meus hábitos noturnos, que refletem a hora da minha produtividade se manifestar mais avidamente. Na realidade é a combinação madrugada + pressão da ultima hora. E é exatamente aí que a geologia entra, somada à demanda das outras aulas, me fazendo finalmente estudar dias e noites sem parar, tentando comer e dormir melhor pra vencer isso, e também pra construir a minha carreira. Aprendendo mais sobre mim e as minhas capacidades e habilidades eu tô aprendendo mais sobre o que eu to passando, a vida acadêmica aqui nos Estados Unidos, que é um pouco diferente da do Brasil. Nesse momento to pisando em chão mais firme e fundamentando mais as minhas expectativas, e isso abre mais portas, e possibilidades. Ta bem grneralizada essa idéia em palavras aqui, mas não to afim de dizer muito mais que isso, até porque novas descobertas e mudanças requerem um tempo de adaptação. Pra finalizar então, recorro ao bom e velho vamo que vamo. To me sentindo ótima. So desculpa, tia Marina, que eu tenho ficado meio restrita nas comunicações. Mas no meu coração, ao longo de tudo isso, sempre levo comigo pessoas e coisas lindas que saudosamente me trazem sorrisos aqui e ali nas minhas semanas de correrias.
Então tá.
Inté

Tuesday, October 6, 2009

Felicidade no amor

Pra existir felicidade não basta estar do lado. Pra ser feliz não basta segurar na mão, abraçar, beijar e fazer amor. Pra ser feliz precisa harmonia, precisa apreciar o outro, precisa sentir-se confortável em qualquem ocasião, e se tiver dúvidas, conversar sobre o que for preciso. Precisa as vezes agir sem ter que falar, precisa saber falar quando é algo que o outro não repara, e nem por isso achar ruim. É entender que tem momentos que se está mais emotivo e introspectivo, e momentos que não - é principalmente ter a sensibilidade de sentir um ao outro e se entender individualmente e como um time.

Escrevi isso há pouco. Me deu vontade de dividir com mais gente. :)

Monday, September 21, 2009

Pensamento do dia

Na verdade, pra começar a semana bem... Eu lia isso pintado no muro do colégio Pão dos Pobres, sempre que a gente pegava o viaduto da Borges pra ir pro centro. E o tanto que a gente ia no centro né mama? Eu nunca esquecí, e conforme vou vivendo vejo muito mais o quanto a gente, e só a gente é responsável pelo que nos afeta. Reproduzo aqui um pensamento falado por um dos meus professores desse semestre, da cadeira de comunicação interpessoal: não existe nada nem ninguém que possa causar uma reação na gente. Mastigando um pouco isso quer dizer: não importa o que fulano ou beltrano faça, quem se incomoda e escolhe se incomodar, se chatear, se estressar, é a gente mesmo. Temos essa escolha sempre, de ficar perto de pessoas chatas e que nos magoam, ou qualquer outro sentimento que a gente sente quando ta perto delas, ou não gostarmos do que ouvimos/vemos/sentimos e sairmos fora. Pensem nisso. Melhor. Usem isso. A vida fica bem mais facil.
Falei tanto que o poema ficou quase esquecido, mas não menos importante. Por Mario Quintana:

TODOS ESTES QUE AI ESTÃO
ATRAVANCANDO O MEU CAMINHO
ELES PASSARÃO
EU PASSARINHO

não preciso dizer mais nada. Boa semana pra vocês, com amor.

Sunday, September 20, 2009